O
meu silêncio não me devora, mas me esvazia de lixo emocional e preenche com
amor duradouro. Às vezes sou acordada pelo meu amor e às vezes pelas mensagens
fraternas virtuais ou afagos fraternos reais. A minha alma pode até silenciar
por uns momentos, mas o meu coração tem um ritmo de tambores afetivos recíprocos.
Eu danço em torno da fogueira de sentimentos com pés na terra, braços ao ar e a
água que mantém o meu corpo é o catalizador daquilo que é bom, é preciso me
manter alerta aos sinais. Eu bem sei o que é viver intensamente. Ah, como eu
sei!
Não
abro mão de quaisquer emoções e nem economizo fatos ou pessoas – tudo e todos
fazem parte de mim – até os que não me entendem. Ser um universo de
possibilidades para proteger a vida que me foi ofertada e ainda guardar a de
outrem quando grito forte em favor do planeta. Não é fácil acreditar na vida
quando muitos insistem em eliminá-la do mundo quiçá do “Universo”.
Ah,
o meu silêncio fala mais alto que as escandalosas araras, os invasivos
papagaios, os espaçosos macacos – todos da nossa floresta amada num pulmão
forte de brado generoso – antepassados tão presentes em nossas vidas. O “Natal
e o Ano Novo” são datas de uma crença e semelhantes povos cultuam outros
feriados afins em diferentes dias, mas a vida é uma só para ser festejada.
Vale lembrar diante de uma festa, que todos os
seres vivos: pássaros, flores, árvores, folhagens, animais ferozes ou não e micro organismos merecem viver assim como todas as etnias do planeta
com seus respectivos clãs e culturas. Quando subtraímos o direito de
outrem, há um desequilíbrio na “Teia da Vida” e muitos fios não se grudam, rompendo
em fatos trágicos coletivos. É preciso entender de uma vez por todas, que a sobrevivência sempre deve manter saudáveis os
laços de justiça social da “Mandala da Vida”. Que os “Guardiões dos Segredos do
Universo” tenham misericórdia de nossa insanidade insistente e se espalhem em bênçãos!